Criar é ser livre. ModaLisboa e Sangue novo

Criar é ser livre. ModaLisboa e Sangue novo

Estar na presença de algo completamente puro é um raro ato de deslumbramento, especialmente porque já não estamos habituados a lidar com a ausência de vícios. Mas a moda move-se no desconforto. A moda ganha velocidade no atrito. Cresce na colisão de opostos. É por isso que assistir a um desfile de Sangue Novo nos empolga, nos faz sentar à beira da cadeira, nos traz as borboletas de volta para o estômago: porque desarma. É aqui que reside a beleza da criatividade sem regras nem obrigações. É aqui que reside a liberdade.

Precisamos de Sangue Novo como precisamos de oxigénio. Novo talento é tão essencial para uma visão clara e desafogada como respirar. O júri é composto por Miguel Flor (Presidente), que foi o vencedor do concurso Sangue Novo em 1996, e, desde então, tem sido um nome maior em moda, design, arte e fotografia, acrescentando à sua multiplicidade criativa a direção da revista Prinçipal e trabalhando constantemente na descoberta de novos talentos; Lidija Kolovrat, designer de moda nascida na Bósnia, estudou moda e cinema em Zagreb, Croácia e, em 1990, mudou-se para Lisboa para criar uma marca que se tornou num ícone da criatividade; e Veronique Branquinho, designer de moda belga com ascendência portuguesa, que estudou na Royal Academy of Fine Arts, na mítica Antuérpia, e que soma à sua marca homónima experiência no ensino, curadoria, direção artística e edição.

A convocatória a jovens designers foi enviada para as principais escolas de moda nacionais, europeias e americanas, foi partilhada online e, através dela, chegaram 82 candidaturas vindas não só de Portugal, mas do Brasil, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Roménia, Alemanha, Grécia, Holanda, Bélgica e Estados Unidos da América. Dos 59 portefólios portugueses e 23 internacionais que chegaram aos escritórios ModaLisboa, foram escolhidos 10 finalistas que, nesta primeira fase, apresentarão as suas coleções no dia 11 de outubro de 2019: André Santos, Beatriz Julião, Cêlá, Feliciano, Ferencz Borbala (Roménia), Filipe Cerejo, Flávia Brito (Brasil), Francisco Pereira, Inês Manuel Baptista e Louis Appelmans (Bélgica). É nesse mesmo dia que Adriano Baptista (Diretor da revista Fucking Young!, a mais fresca, pertinente e disruptiva publicação de streetwear e moda masculina do momento) e Danilo Venturi (Diretor da Polimoda, a melhor instituição de ensino de moda em Itália, e uma das dez melhores do mundo) se juntam ao painel de jurados e anunciam os seis designers que passarão à fase seguinte do concurso. Cada finalista receberá um prémio monetário de 1000 euros e apresentará uma nova coleção em março de 2020. Só então é que o júri elegerá os vencedores do Sangue Novo.

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