Seat Ibiza Cupra “We’re going to Ibiza”

Seat Ibiza Cupra “We’re going to Ibiza”

Podia, muito bem, ser o título de uma roadtrip minha mas, infelizmente, é só o título da minha crónica. Mas há que pensar positivo, imaginem se fosse a música dos Vengaboys, essa mítica banda de eurodance holandesa que assombrou os finais dos anos 90 e nos deixou marcas profundas, como a frase “bum bum bum bum, batatas com atum, ketchup e maionese e vai tudo p’rá catequese”.

Marcas, essas, que provavelmente nunca irão sarar e nos vão acompanhar vida fora, como uma sombra que nos irá deixar, para sempre, com receio do que os nossos filhos possam ouvir no youtube. A palavra Ibiza, nesta crónica, tem, felizmente, outra conotação. Faz, também, parte de algo que nos acompanhou nos finais dos anos 90, tendo começado em 1984 e nunca mais parado de nos surpreender. Não só é o modelo Seat mais vendido de sempre – com mais de 5 milhões de unidades – como é o porta-estandarte de uma marca que deu, ao seu país e ao mundo, a sigla CUPRA.

Lançada em 97, a versão Cupra do Seat Ibiza veio iniciar aquela que seria a aventura mais saborosa, na minha opinião, da Seat. Carros, todas as marcas conseguem fazer. Carros com alma, já são poucas as que são capazes. Os modelos aos quais foi dada a honra de carregar o símbolo Cupra destacavam-se não só pelo caracter desportivo mas, principalmente, pela carga emocional patente em cada modelo. O Ibiza, por ter sido o primeiro, tem algo mais. Eu tive um Seat Cordoba e adorei aquele carro. Andei para todo o lado com ele e foi nele que aprendi a conduzir. Lembro-me que um dos motivos de orgulho que tinha por ele era o símbolo GT na lateral, junto aos piscas. Já o motivo de tristeza, era não dizer Cupra na grelha frontal. Já tive a oportunidade de conduzir o Leon Cupra e, conduzi, agora, o Ibiza Cupra. Nenhum deles me desiludiu.

Pelo contrário! No caso do Ibiza, felizmente voltaram ao motor 1800c3! Não era capaz de imaginar um mundo no qual uma versão Cupra tinha a mesma baixa cilindrada de uma versão de inicio de gama. Era o mesmo que ter para primeiro-ministro um ex-presidente de câmara. Bem sei que um Cupra é bem mais que um motor. É tudo o resto! A suspensão, a direcção, os travões, as assistências à condução – nos modelos mais recentes – os interiores, etc. Neste Ibiza Cupra, tudo teve a merecida atenção. Não andei no primeiro Cupra, mas acho que não os ia achar assim tão diferentes em termos de espírito. A Seat iniciou uma parceria com a Volkswagen em 1982 e, desde então, têm partilhado várias coisas, desde tecnologia ao know-how. Actualmente, a VW é a dona da Seat, mas não é por isso que esta deixou de ser suficientemente independente para nos dar estas pequenas obras de arte.

É verdade que tenho algumas saudades da versão Cupra R do Leon, mas quem sabe não a estejam a cozinhar. Já lhe subiram a potência em 10 cavalos. Já só faltam mais 15! A este Ibiza? Não precisam de fazer mais nada. Está um verdadeiro Cupra. Só falta metê-lo outra vez no rally. Agora, se não se importam, vou ali ao YouTube ouvir umas músicas de uma certa banda holandesa.

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