Na inauguração do novo espaço da marca Rimowa, na Avenida da Liberdade, o Gentleman’s Journal teve a hipótese de conversar com Paulo Pires sobre o tema da elegância masculina. Sem dúvida, é a imagem do homem português em várias facetas. Com uma carreira fulgurante no campo da moda e das artes, Paulo Pires para muitos e muitas é o sinal da elegância masculina
1 – O que faz um homem ser elegante?
Posso responder pelo que penso ser, mas parece-me um conceito muito abrangente e diverso. Diferente para cada pessoa. Embora não seja algo de imediato mas sobriedade é algo que associo logo à elegância. Elegância é saber estar em diversas ocasiões e estar bem, adaptar-se as pessoas e saber estar fisicamente e com um próprio savoir faire.
2 – Quais são as peças imprescindíveis no guarda-roupa masculino?
Tenho uma base no meu guarda-roupa que são botas e jeans. Calço menos sapatos e sou fã de botas. Porém, imprescindível num guarda-roupa masculino são os básicos: um bom fato, camisas brancas e bons sapatos e botas. Sou obcecado por jeans, e, de facto, jogam com quase tudo e em quase todas as situações. Também gosto bastante de relógios que são um complemento do vestuário masculino.
3-Tem role models no que toca à elegância masculina? Quem?
Não tenho modelos para a minha maneira de vestir. Se calhar, de forma inconsciente talvez tenha. De pessoas que gostei de ver como se vestiam e se comportavam.
4 – Tendo em conta a sua experiência no mundo da moda, os homens portugueses mudaram muito a visão sobre a elegância masculina?
Francamente, os homens cuidam-se muito mais desde quando começou o boom da moda, eu comecei a trabalhar nos anos 90 como modelo e estou atento às transformações. De la para cá não tem nada haver, não há comparação. Os homens aprenderam mais cuidados com a sua aparência e menos preconceitos. Preconceitos estilo cores ou barba por fazer. Nos anos 90, aparecer um modelo com a barba por fazer levava logo uma reprensão do cliente.