Gentlemen’s Style by Joana Barrios

Gentlemen’s Style by Joana Barrios

tree Joana Barrios é uma voz de referência na blogosfera portuguesa, com o seu estilo próprio e escrita inigualável. Nascida em 1985, em Beja, viveu sempre em Santiago do Escoural, Montemor-O-Novo. Concluiu o Curso de Formação de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema e depois rumou para Barcelona. De Barcelona foi viver para Paris.  É Artista Associada do Teatro Praga desde 2008. Retorna a Portugal no final de 2009 e desde desse tempo mantém o blogue. Foi a porteira emblemática do Lux Frágil durante três anos. Colabora ainda como cronista para o Semanário SOL.

  1. Para uma mulher o que faz um homem ser elegante?

O cérebro!

  1. Quais são as peças imprescindíveis no guarda-roupa masculino?

À excepção de um bom fato, intemporal, de bom corte e bom material, de uma boa camisa, gravata e um par de sapatos para ir com isto tudo, sou de opinião que as pessoas não devem contrariar a sua forma de vestir natural por motivo algum, pelo que dependendo do homem e do seu estilo, os elementos imprescindíveis variam imenso. A não ser que por exigências alheias à vontade própria seja necessário vestir de uma determinada forma, creio que o imprescindível em qualquer guarda-roupa, quer seja ele masculino ou feminino, devem ser as peças-chave para cada indivíduo, porque o estilo é extremamente relativo e pessoal. É muito importante ter boa roupa interior (porque é mais resistente, logo deteriora-se muito menos), cuidar da pele e do cabelo (um bom corte é óptimo e tal como a roupa interior, dura muito mais tempo!) e ter um bom par de óculos de sol. Gosto de ver um homem capaz de transmitir conforto e confiança no coordenado que veste. Dos homens que de alguma forma ajudo a vestir, consigo dizer que todos são completamente diferentes entre eles e que aquilo que são os básicos dos seus guarda-roupas são tão díspares que me estou a rir – porque a T-shirt branca comum entre eles, nuns é justa e de algodão muito sólido, noutros é larga e mais mole, noutros tem um decote muito acentuado, noutros é clássica e do seu próprio tamanho…! Varia tudo e de tantas formas!… O que acho que é a riqueza do estilo é entender e ser capaz de apreciar que o básico de uns é o barroco de outros.

  1. Quando se fala em elegância masculina, tens algumas figuras de referência?

O meu Marido.

  1. Para uma mãe como se educa para uma cultura “elegante” ou seja com valores de tolerância, bom trato etc?

A cultura elegante em que acredito transmite-se através dos valores morais pelos quais me tenho vindo a reger, os quais me foram transmitidos pela minha família, toda ela muito conservadora. É claro que já actualizei os meus valores e que já os adaptei às minhas necessidades. A partir de agora terei de os pôr em prática, quando me tornar uma educadora que exerce a tempo inteiro – por enquanto a minha filha ainda é muito pequenina. Mas essencialmente sei que o amor, a liberdade e o respeito foram as bases de toda a minha formação, pelo que a avaliação do que é razoável ou não, do que é aceitável, elegante e por aí fora, está directamente relacionado com a minha noção de universo, com as minhas escolhas, etc. Tenho a sorte de partilhar esta tarefa com uma pessoa com quem partilho esta harmonia de valores, e que a educação para a elegância será dada através dos nossos ensinamentos, mas também dos nossos exemplos do quotidiano. Quanto mais intrínseca e natural for a noção individual de elegância, mais fácil será vivê-la sem ansiedades ou inseguranças. Ou pelo menos assim espero!…

  1.  Como surgiu o teu blogue? Como surgiu o http://trashedia.com/?

O meu blogue – e tu sabes, porque fazes o mesmo – é um sítio onde escrevo com o objectivo de partilhar coisas com um público que quer ler aquilo que escrevo e opino sobre estilo. Mantenho o meu blogue sem receber dinheiro, pelo que isso funciona mais ou menos como a minha carta de alforria relativamente às marcas. Desde o início que quis poder escrever sem obrigações morais, pelo que todo o tipo de parcerias que mantenho ou mantive com marcas, pessoas ou eventos, foi nessa condição de liberdade. Acontece que isso é inédito no panorama nacional e que é pouco comum no internacional. Ao distanciar-me da imagem comum da blogger que tira retratos com roupas, posso não ganhar roupas, mas ganhei outra coisa que me leva a desafios muito maravilhosos, como é o caso da minha coluna na TABU, do Semanário SOL, ou da minha presença na Maria Capaz da Rita e da Iva. E posso treinar a minha escrita e o meu pensamento em várias vertentes: se no SOL me obrigo a escrever textos estruturados, actuais mas que fujam aos grandes temas e com alguma conclusão, para a Maria Capaz gosto de praticar uma escrita mais livre e leve, pequenas narrativas em que exponho questões “feministas” de uma forma muito simples e de fácil digestão. Não deixo de ser sempre eu a escrever, só que a forma varia.

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